Lembrar-te na tarde que se deita sobre a terra
E ouvir ao pó os passos que podiam ser os nossos
Lembrar na pedra dos muros a solidez dos abraços
E não haver na noite a sombra dos destroços
Lembrar-te na luz que brinca com o vento
E saber-te por perto por entre as vinhas
Lembrar-te a voz sorrindo um momento
No tempo das horas que são minhas
Lembrar-te por cima do tempo que não veio
E saber-te vivo nas vozes que te chamam
Lembrar na paz de um peito cheio
O nome das coisas que se amam
RM
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