E teus olhos são, de súbito, irmãos da noite que já dorme
Eis que o mundo se esquece finalmente
E meu medo dentro de ti inteiro some
Eis que o tempo se verga quando passas
E as horas em cinzas esvoaçam
Se em teus braços, acaso, tu me abraças
Não vou mais nas sombras que, ao longe, passam
Eis que a pele das coisas se ilumina
E tua boca, de súbito, me gasta nos lábios a saudade
Eis que a valsa do desacerto, então, termina
Com beijos de fome e de verdade
RM
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