e sem nela ficarem as cinzas das horas que queimámos no silêncio
não sei que olhos chamarão os meus dentro da noite
e que mãos serão as que nas minhas abrirão os vidros devagar
não sei quem rirá a dançar dentro de uns braços a levantar poeira
onde o coração escreveu o teu nome sem pensar
não sei que rosto encontrará a luz no seu passeio
se acaso a sombra se tornou maior depois de ti
não sei quem cobrirá de tinta as sílabas doces do teu nome
para deixar aberta no papel a porta por onde chegarás vinda de longe
não sei quem te ficará esperando com um sorriso esquecido no rosto
como se ao sorrir fosse mais fácil inventar
um regresso por entre luz que cai na tarde longa
RM
Sem comentários:
Enviar um comentário