Em que o silêncio demora o beijo já sem pressa
Teu ventre é uma promessa adormecida
Que se cumpre sempre no dia que regressa
Teu ventre é uma carta escrita com o lume
Em que se afogam do mundo os medos tristes
Teu ventre é de uma faca o doce gume
Em que comigo matas e persistes
Teu ventre é do licor o travo doce
Em que demora o cheiro eterno do desejo
Teu ventre é como um sonho que já fosse
Nos teus lábios a brisa do meu beijo
Teu ventre é do amor a vontade de ficar
Em que os sentidos são flores abertas no caminho
Teu ventre é o chão e a terra do luar
Em que o vento não erra no caminho
RM
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