O tempo é um menino que no vidro espreita curioso
Na casa onde moro
As salas são grandes como se o jardim crescesse dentro delas
Na casa onde moro
A luz demora-se num beijo longo e copioso
Na casa onde moro
Toda a vida espreita nas janelas
Na casa onde moro
É que o tempo se esquece de partir
Na casa onde moro
É que o som da distância deixa de se ouvir
Na casa onde moro
Há um menino que corre há muito tempo
Corre, rindo, por entre as árvores do jardim
E traz nos olhos um sonho que se ouve
Como se pudesse ficar correndo sempre assim
RM
2 comentários:
Escrevo para deixar uma marca da passagem silenciosa que, por aqui, vou fazendo. E, já agora, o elogio repetido, mas sentido.
RTP
Muito obrigado, querida Professora. Fico contente por a saber sempre desse lado. Um grande beijinho com saudades! :)
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