aprendi a dançar nas ondas do teu corpo
pegaste-me nas mãos e elas foram
de repente, a noite não ia acabar nunca
depois das mãos, os meus olhos guardaram-te inteira
todo o mar precisa do seu fundo, bem o vês
de repente, a esperança no que vem nascia do teu nome
depois dos olhos, foi meu peito quem quis contar-te um segredo
toda a pergunta precisa de resposta, bem o sabes
de repente, a solidão era um intervalo na conjugação do teu ser
depois do peito, foram meus dedos que beberam de ti o perfume
toda a memória precisa de um cheiro para durar, bem o vês
de repente, o sonho era o ventre de todas as manhãs
depois dos dedos, foi meu coração quem descansou na melodia da tua voz
toda a alma precisa de um abrigo, bem o sabes
de repente, todos os regressos te traziam
aprendi a dançar nas ondas do teu corpo
pegaste-me nas mãos e elas foram
e elas foram
(tuas, devagar.)
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