a mesa está posta
e o açúcar dos teus olhos derrete-se sobre mim
a mesa está posta
e a casa corre (deve haver uma festa qualquer)
a mesa está posta
e as flores respiram nas jarras sorridentes
a mesa está posta
e as vozes dançam no improviso da alegria
a mesa está posta
e a tua manhã começou cedo connosco no coração
a mesa está posta
e ainda fugimos para ir à missa contigo
(Menino, dê-me a mão. Ande lá.)
a mesa está posta
e és nossa cúmplice na meninice de sonho e liberdade
(eu e o Né ainda hoje sorrimos no conforto de um Deus que o teu exemplo tornou possível)
a mesa está posta
(mas és tu quem faz anos, neste dia)
Vem sentar-te connosco, Gózinha.
(Chega-te para nós, deixa-te de coisas.)
a mesa está posta, Gó.
(Obrigado por tudo, malandra)
Sabe uma coisa:
no lugar onde morarmos para sempre
será pelas tuas mãos grandes e doces que procurarei no escuro
E ficará sempre tudo bem.
(Gosto muito de vocês, meninos.)
Nós também, Gó, nós também.
(E tanto.)
RM
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