És tu quem trago presa no fundo do olhar
E é teu o céu que senti nascer-me nas veias
És tu quem sinto no meu peito passar
No fogo da saudade que incendeias
Rodam as horas no vazio dos ossos e da voz
E lembro-te no reflexo do dia que se deita
Voltam as horas em para nós
Tudo era uma maré viva e perfeita
Teus beijos foram frutos por colher
E minha pele uma Primavera tardia
O desejo era a vertigem do anoitecer
Dormindo sobre uma promessa de magia
Trago as tuas mãos ainda dobradas nas minhas
E tudo é ainda uma alameda de regressos doces
Trago ainda no rosto as linhas em que adivinhas
Tudo quanto eu queria que tu fosses
RM
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