E é no vale imenso do desejo que te decoro inteira
Depois de ti sou um mar sozinho que se inunda
E do sonho desaparece a fronteira
Fiz-te a vontade e fiquei
E comecei o verso com o teu nome
Fiz-te a vontade e provei
Com a boca do espírito eterna fome
Somos dois náufragos na promessa do nosso amor
E são cidades inteiras as memórias que nos ataram
Lembro no branco das manhãs o teu rumor
Como um segredo doce que me roubaram
Não sei esperar por ti sem espreitar as ruas
E procurar-te nos lugares onde o sol não se contenta
O meu caminho são as saudades que trago tuas
E o teu corpo uma Primavera infinita que se inventa
RM
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