E pousei nas curvas do teu corpo o sonho que a ti confesso
Longe da luz do teu rosto serei da sombra sempre o espinho
Esperando na manhã o vento eterno do regresso
Por ti vi nos sentidos abrir-se um mar imenso
E vi dançar na brisa primaveras inocentes
Por ti ardi na brasa de um sol intenso
Ao guardar na pele a verdade do que sentes
Foi numa dessas tardes amplas em que as ondas estremecem
E em que o vento é um galope rápido que se some
Que meu peito quis que se dissessem
Todas as promessas vivas do teu nome
Foste o pecado que provei sem ter querido
E teu corpo foi de todos os altares o meu abrigo
És um milagre de luz sobre as coisas sempre repetido
E és como uma ponte de fé sobre o perigo
RM
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