Que a tua boca me desfaça em mil pedaços
E do silêncio se ergam as promessas
Que a tua luz seja eterna no ventre dos espaços
E seja sempre por mim que tu regressas
Que o amanhecer te devolva o caminho
E no pó da estrada meu corpo te abrace
Que das feridas sare sempre o espinho
Como se de um sonho eu te acordasse
Deixo flores nas ondas do teu cabelo
E levo na língua o sabor de um fogo que não cessa
Deixo na memória que vive um apelo
Como um vento de verdade que me atravessa
Por ti habitei a morada infinita da saudade
E quis procurar-te sempre no que resta
Por ti procurei no céu o chão da liberdade
E fiz da flor do sonho uma floresta
RM
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