Rewind

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Avô,

O mar procura-te como se ainda existisses
Na centelha de fogo do resto de dia que finda
O mar fala de ti como se repetisses
As histórias da infância ainda
 
O mar procura-te como se te esperasse
Chegando devagar à terra sem pressa
O mar procura-te como se regressasse
O dia em que a vida, calma, recomeça
 
O mar procura-te como dizendo saudade
E persiste na valsa procurando-te no cais
O mar procura-te com infinita bondade
Como quem crê que não demoras mais
 
RM

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