E não há luz nas margens de rios sem céu
Não há mais paz sem as palavras que dizias
Ou que o teu corpo deixava voando no breu
Não nascem mares em terras sem fome de infinito
E não se bordam sonhos em desertos de saudade
Não há mais que um tempo morto e maldito
A que só tu trarás de volta a liberdade
Não nascem sorrisos em jardins de sombra e solidão
E não traz a chuva promessas do que não há
Procuro por ti nas linhas da minha mão
Como num porto a que o teu ventre, um dia, voltará
RM
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