Rewind

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

verso incompleto|

Há um verso incompleto no fundo dos meus olhos
Como uma janela esperando a luz para se abrir
Há um verso incompleto no sangue dos meus lábios
Que só nos teus aprendem a doçura de sorrir

Há um verso incompleto no tempo que morre sem te abraçar
Como uma estrada vazia em que te perdesse
Há um verso incompleto no sangue cego das veias
Como a pele morta das carícias que te fizesse

Há um verso incompleto no voo distante do vento
Como uma varanda despida num Inverno infinito
Há um verso incompleto no exílio forçado das flores
Que morrem, como eu, na ânsia do que havia para ser dito

RM

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