Apeteceu-lhe chorar. Mas faltava-lhe o espaço. O espaço para as lágrimas caírem de uma enxurrada só. Para deixar sair todas as dores alojadas nas curvas e contracurvas do coração.
Caminhou na praia, com os pés bem enterrados na areia. Entrou no mar e desaguaram ali todas as cicatrizes, todas as dores, todas as lembranças de um futuro adiado. Tudo o que ainda doía.
Chorou. E muito. Chorou tudo.
E nessa noite quando choveu, as nuvens choraram por ela.
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