
Marianne vê-se colocada no centro da vida desta família. É a confidente de Karin e assiste à animosidade entre pai e filho que partilham um grande amor por Karin.
Neste filme aparecem as temáticas de Bergman: a solidão, a ansiedade sexual, o rosto em planos marcados e intensos; os diálogos incisivos; a busca de um sentido para a vida; a culpa e o castigo. Não fosse este o derradeiro filme do realizador sueco. É um filme sobre a natureza humana, sem artifícios - a humanidade nesse retrato profundo, por vezes, cru, até. Mas Bergman, que assumiu ter passado a vida a exorcizar os fantasmas de uma infância traumática, põe nas imagens e nas palavras da sua obra, isso que somos - o rosto fiel e sincero da Humanidade.
Porque o rosto "é o fundo; o resto só acompanhamento."
Sem comentários:
Enviar um comentário