Rewind

segunda-feira, 4 de março de 2013

A ti|

Despes o corpo tão devagar
Como a luz que escorre sobre a calçada
Leio-te os lábios, a pele e o respirar
E ouço-te a felicidade anunciada

Que nada te leve, que nada te afaste
Que o mundo serene e se suspenda
E me diga sem que se ofenda
Que foste minha e que me amaste

Que do silêncio nasçam rosas
Como beijos de pétalas em brasa
Como desejos de chama furiosa
Como dilúvio gigante que arrasa

Que ninguém sequer consinta
E os dias se sumam em ilusão
Que o meu corpo então me minta
Se me não deres tua mão

Guardo na boca os teus gemidos 
Como amoras maduras num jardim
Levo comigo os dois unidos
Meu amor e o teu corpo de cetim.

RM




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