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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

na casa onde moro|

Na casa onde moro
O tempo é um menino que no vidro espreita curioso

Na casa onde moro
As salas são grandes como se o jardim crescesse dentro delas

Na casa onde moro
A luz demora-se num beijo longo e copioso

Na casa onde moro
Toda a vida espreita nas janelas

Na casa onde moro
É que o tempo se esquece de partir

Na casa onde moro
É que o som da distância deixa de se ouvir

Na casa onde moro
Há um menino que corre há muito tempo
Corre, rindo, por entre as árvores do jardim
E traz nos olhos um sonho que se ouve
Como se pudesse ficar correndo sempre assim


RM

2 comentários:

Anónimo disse...

Escrevo para deixar uma marca da passagem silenciosa que, por aqui, vou fazendo. E, já agora, o elogio repetido, mas sentido.
RTP

Ricardo Mesquita disse...

Muito obrigado, querida Professora. Fico contente por a saber sempre desse lado. Um grande beijinho com saudades! :)