Rewind

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Mãe|

Que nenhuma noite desperte de véspera
Enquanto te consolam as memórias como beijos
Que nenhum dia te seja curto na pele
Enquanto o mar for fundo e luminoso
Que nenhum ruído grite mais alto que o silêncio
Que canta quando estamos juntos
Que nenhuma pétala de luz
Deixe de iluminar teu rosto quando sorris
E que sempre haja uma praia
E tudo se expanda boiando na espuma da saudade
Tudo se agigante, se serene e amplie
E teu rosto surja sempre renovado
Inteiro, belo e de luz emoldurado.
Que o sol encha de amanhã o horizonte
E juntos, na areia, conversando
Na nudez das palavras revelados
Entremos na noite caminhando.
Fica, Mãe, enquanto a alma se atrasa neste amor
E tudo quanto é demora é recompensa.

RM

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