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segunda-feira, 15 de abril de 2013

no veludo do teu corpo|

No veludo do teu corpo
Passeio os dedos com a sede funda da volúpia
E demoro nas escarpas para guardar exacto
O desenho perfeito do teu ser

No veludo do teu corpo
Os sonhos são de carne e de ternura
E fica perdoado o tempo que evapora
A vida que quero eterna nos teus olhos

No veludo do teu corpo
Os dias são enganos doces e promessas fáceis
Um contentamento luminoso e sorridente
Como a luz derretendo o gelo nos caminhos

No veludo do teu corpo
Repousa quieto meu sonho enquanto dormes
E sempre que em teus olhos vejo os meus
Trazem os céus a altura mais perfeita
E as ruas são pomares de frutos infinitos

E tudo quanto espero do silêncio
É o rumor dos teus lábios a acordar


RM

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